Epilepsia é uma doença em que ocorre uma alteração da atividade cerebral causando diferentes tipos de crises. Qualquer pessoa pode apresentar uma crise epilética, homens, mulheres e em qualquer idade, entretanto isso não significa que essa pessoa apresenta a doença, sendo necessário ao menos duas crises sem causa aparente para se diagnosticar a epilepsia. 

As crises podem ocorrer de diferentes maneiras. A forma em que ocorre a perda de consciência e movimentos incontrolados dos braços e das pernas é a mais conhecida, porém existem crises em que a pessoa apenas fica imóvel, outras em que apresenta uma sensação desagradável no estômago, movimentos repetitivos ou alterações da visão ou da audição.

Muitas vezes a causa da epilepsia não é possível de ser definida. Histórico familiar, antecedentes de AVC, infecções, tumores cerebrais, problemas no período perinatal, traumatismo crânio-encefálico, doenças congênitas são causas possíveis.

A principal ferramenta para o correto diagnóstico de epilepsia é uma história detalhada e o exame físico neurológico. Detalhes de cada crise apresentada são fundamentais para a interpretação dos fatos. Exames de sangue e de urina muitas vezes são importantes. Exames de imagem como Tomografia Computadorizada ou Ressonância Nuclear magnética do cérebro poderão ser solicitados. O Eletroencefalograma (EEG) e o Mapeamento cerebral podem detectar alterações nas ondas elétricas cerebrais auxiliando o diagnóstico. Por vezes o Vídeo-EEG fará o diagnóstico diferencial.

SPECT, PET, Testes neuropsicológicos podem ser utilizados de maneira adicional no diagnóstico. 

Em geral o tratamento é medicamentoso, existindo diferentes novos medicamentos com efeitos colaterais reduzidos para o controle das crises. A dieta cetogênica pode ser indicada para alguns casos, principalmente em crianças. 

Em casos selecionados em que os medicamentos não conseguem controlar as crises a cirurgia pode ser uma alternativa. Ressecções do foco epilético ou desconexões podem ser empregadas. Em epilepsias do lobo temporal a Amigdalo-hipocampectomia é um tratamento eficaz.

A neuromodulação através da Estimulação do Nervo Vago (VNS) ou por Estimulação Cerebral Profunda (DBS) vem sendo empregada de maneira crescente auxiliando o controle das crises.